domingo, 2 de agosto de 2015

(:) na primeira pessoa.



Alinhavos de um projeto (:)

O semestre final da minha licenciatura foi exigente – alterações de plano de curso deixaram-me com 6 unidades curriculares e, embora a minha preferência pela avaliação contínua, a melhor forma que encontrei para organizar a minha agenda foi deixar 2 UC para exame (a opção era aguardar um ano para completar o curso, com um semestre vazio pelo meio!).

Para o exame de “Animação e Expressões Artísticas” era previsível que fosse solicitada a elaboração de um projeto educativo, pelo que fez parte da minha preparação esboçar um hipotético projeto. Parti da problemática da ligação 'quebrada' das populações ribeirinhas com o tejo e imaginei um projeto com múltiplos ateliers com atividades interligadas. Escolhi como espaço a Fábrica das Palavras (espaço ideal, que acabava de ser erguido – e eu ainda não conhecia) e o nome ficou pensado: “+ Tejo”.

O projeto + Tejo (mais tejo) tem como objetivos gerais a divulgação da cultura local e da riqueza do património natural, histórico, arqueológico e artístico, focalizando-se na relação com o tejo e sua importância, desde a fixação de populações aos nossos dias.

Em 27 de junho de 2014, realizei o exame. Lembro-me de ter dito à docente que fez a vigilância, no final do tempo normal de prova, que não ia desenvolver mais, pois já estava exausta – estava certa de que tinha feito um trabalho bom quanto bastasse para não me envergonhar da nota e já não conseguia suportar as dores que a lesão que me dificultava a escrita provocava.

Quando, no decorrer do MOOC "Competências Digitais para Professores", me foi solicitada a apresentação de “uma atividade (realizada ou imaginada) em que uma dada ferramenta digital  (por exemplo, vídeo wiki, blogue, videojogo, etc... ) seja mediadora da aprendizagem cooperativa e colaborativa, baseei-me nas notas que tinha para “Animação e Expressões Artísticas” e apresentei um projeto (em formato de texto) que mantinha o nome original “+ Tejo” e, embora enunciando o projeto global, se focalizava num dos seus ateliers – o jornal/blog. 

Existindo um espaço cultural na margem do rio e com vista privilegiada para o mesmo, centraliza-se aí uma atividade, que se pretende alargada no tempo e espaço – em várias sessões e com visitas a museus (incluindo núcleo museológico em barco típico, peças arqueológicas, artísticas), ao EVOA (Espaço de Visitação de Aves Selvagens) e outro património natural, assim como leitura/dramatização de contos de autores locais (sobre o tejo/cultura local), que seriam inspiração para, em cada sessão, e após as visitas/atividades, serem produzidos artefactos pelas crianças, em ateliers variados: desenho, pintura (paisagem, quadros em exposição,…), modelagem (reprodução de artefactos arqueológicos, esculturas,…), expressão dramática, fotografia, blog/jornal.

O MOOC “Competências Digitais para Professores” aborda temáticas muito interessantes e teve (participei na 1.ª edição) aquela vantagem imensa dos MOOC – a partilha de dados, caminhos, soluções – que tanto enriquece todos os participantes. Ficamos com a sensação de que perdemos muito do partilhado, pois é impossível consumir tudo o que nos é oferecido!

No meu caso fiquei com pena de iniciar tardiamente e de os motivos que previa dificultarem a minha participação se terem evidenciado – o curso sobrepôs-se a visitas familiares, quadra festiva e procedimentos de início de mestrado, sendo difícil dedicar-me como gostaria. (Na realidade, não contava frequentá-lo, ;) mas não fui capaz de negar a minha participação, quando me endereçaram convite.)

Felizmente participei! 

Deixo* AQUI o projeto [imaginado como sendo "parte integrante da programação organizada pelos serviços educativos" (do município), por requisitos de elaboração!].
Gostaria de lhe ter dedicado mais tempo! 
No MOOC foi partilhado com os colegas que participaram na avaliação.
*os porquês ficam para depois 
... 

4 comentários:

  1. Sónia, bom dia.
    Passei aqui muito rapidamente para ler esta tua mensagem.
    Não sei se conheces o "creative commons" é uma licença para os nossos trabalhos. Bem sei que isso não impede que outros façam plágio, mas claro que a situação é completamente diferente.
    Sinto muito o que se passou. É de uma falta de respeito e de ética pelas pessoas que se esforçam para apresentarem os seus trabalhos (e mesmo que não seja para apresentar), e que muitas vezes são feitos em situações controversas à nossa vontade.
    Sou de opinião que a nota da colega que fez esse trabalho deveria ser retirada, assim como, o certificado de conclusão do Mooc e, que fosse chamada atenção pelos professores e/ou coordenadores do mesmo.
    Irei postar esta minha opinião no seguimento da tua mensagem no blog.
    Beijinhos
    Sandra Melro

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    1. Boa noite, Sandra.
      Mais que o plágio, o abuso de confiança pessoal é triste.
      Em cada patamar em que produzimos, temos de nos precaver, mas, como saberás, ladrões há em todo o lado e só a valorização de boas práticas e o apontar o dedo às más poderá ajudar a mudar as coisas.
      Certamente que algum trabalho se perde(rá) em “assaltos profissionais”… Será mau, mas, confesso, acima de tudo tenho pena de quem rouba a produção alheia…
      @braço,
      Sónia

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    2. Olá meninas (Sandra e Sónia) :)

      nada de novo... infelizmente este assunto "é velho" e muito debatido, mas sempre nos cruzaremos com "xicos espertos" capazes de (quase) tudo para se darem bem, com pouco esforço, à conta do trabalho dos outros!

      Resta-nos (tentar) estar muito, mas mesmo muito atentos :( - tenhamos fé e coragem, que nalgum momento tropeçarão ;)

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  2. Agradeço as tuas palavras. - Na realidade, permite-me um comentário adicional...
    Quando falo em expor estas situações há duas vertentes:
    » mostrar quem eles são - os abusadores, ladrões, incapazes e não-merecedores de títulos/certificados obtidos dessa forma - e
    » impedir o perpetuar de uma cultura de olhar-para-o-lado, em vez de dignificar o trabalho sério! Não podemos "deixar passar"! Lembremo-nos que a nódoa conspurca colegas e instituições!

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